Começo de um dia semi-chuvoso, saímos do táxi eu e Michelle, a puxei debaixo dos meus braços para cobrir com a jaqueta "agora seu cabelo esta a salvo!" ela gargalhou e deu um soco leve no meu peito. Festa de inauguração da nova loja a qual ela seria a modelo principal, no mesmo dia a tarde combinei de sair com Cassidy para ver algumas tattoos para seu corpo branco - A luz do farou ficou vermelha.
Mais uma daquelas festas chatas, o que me faz ainda mais querer secar uma garrafa de whisky - sua bebida era boa - aos poucos fui me embriagando e as pessoas se aproximando para se apresentar, sorrisos, algumas caras feias - é divertido vê-las agora. Uma mulher loira alta chegou perto "adoraria ter seu corpo vestindo uma de minhas roupas" , bêbado respondi "acho que suas roupas não caberiam em mim" riu colocando a mão direita próximo a sua boca, tomou um gole na taça com champanha "você é mesmo o que dizem, tenho uma coleção ótima masculina, mas acho que seria melhor eu..." falava a meu ouvido, Michelle interrompeu quando chegou "Ah! Minha princesa chegou, venha quero lhe apresentar algumas pessoas." terminou levando Michelle para longe com um beijo e piscar de despedida, tomei o ultimo gole do copo sorrindo de de tudo aquilo enquanto Michelle me olhava com sangue nos olhos de raiva.
Meu telefone tocou, era Cassidy, se desculpava pois não poderia sair a tarde "tudo bem" prometeu que a noite me visitaria. Michelle voltou comigo "Não quero aquela mulher perto de você!" agitando minha jaqueta aberta com as duas mãos "Amor vou ter que ficar ate mais tarde aqui, querem fazer provas de roupa" - ok, eu estava só - com um olhar liamos o que passava em nossas cabeças, fugimos para a sala ao lado onde ficavam os provadores, nos beijamos ardentemente, levantei seu vestido colocando-a sobre minha cintura encostada na parede, ela tampava sua boca para que os gemidos não fossem ouvidos, os espelhos ao redor refletiam nossos dois corpos trocando hormônios - inclusive minha bunda peluda.
Saímos da sala, ajeitou seu vestido e eu meu cabelo, roubei uma garrafa de whisky. O sol havia voltado, um brilho gostoso no céu, andava pela rua sem rumo segurando por algumas vezes nas placas, um sanduíche apareceu na minha mão - não lembro onde comprei - algumas mordidas, "cara a garrafa esta quase vazia" lamentava, nesse ponto eu parava a cada bar aberto para ver o que rolava - uma merda - ate passar em frente a um estúdio de tatuagem, olhei para as minha "o que eu tinha para fazer de tattoo, hummm, acho que tenho que fazer outra, ou retocar? Foda-se, vou entrar!" a língua enrolava, na entrada um homem magrelo gritava "ahhhhh, que porra é essa! Não acaba mais!" não aguentei - gargalhava como uma quenga de esquina - "Do que tu ta rindo filho da puta!Ahhhhh!" fui abordado pelo tatuador careca "Deixa o cara" ria "Qual a sua?" não sabia o que fazer então pedi para retocar a do braço.
Apos a tortura o magrelo saiu com o peito tufado - parecia um pombo - "EH!" não sei por que ele disse isso, "Esse não foi o pior" Bobby o tatuador contava, no mesmo momento entra três garotas fazendo o pequeno sino da porta badalar alto, quase caindo e com algumas cervejas na mão, riam e um cheiro de erva as acompanhava, uma delas me chamou muita atenção, uma oriental linda de pele lisa, e como era linda, elas apontavam na parede as tattoos, eu a observava, uma olhou para trás rápido e voltou rindo para suas amigas. A oriental olhou em seguida e veio na minha direção "Minha amiga é muito sua fan e ela quer muito mesmo conhecer você", " E se não for ela quem quero conhecer" segurava a garrafa no peito com as duas mãos, as duas riam de longe e seu rosto ficava vermelho "Mas ela é minha amiga", "Se eu ligar para ela sera por você" correu com as meninas, conversaram por um tempo, a cabeça mexia como negação, riam alto ate que ambas a puxaram ate mim e como se tivesse sido decorado "Olha acho bom você ligar para Sayuri se não nos duas iremos dar um chute na sua bunda e tatuar um pau entrando nela" todos riram - então é Sayuri - ficaram mais um tempo ao meu lado, compraram mais algumas cervejas, eu já não sabia mais o que falava, depois do anoitecer elas se foram - o que mais tomaram? - atravessavam a rua no sinal vermelho, eu a via dançar com seu jeans azul rasgado segurando a cerveja que gotejava junto as outras.
Pronto! Estava acabada pretinha como antes... Um ultimo olhar ela deu no final da rua.... "Esqueci Cassidy em casa, puta que pariu!" ...
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