domingo, 27 de janeiro de 2013

Sabbath bloody sabbath


   Minha imagem nessa tarde de quinta ou sexta feira, ainda não sei ao certo, era  acordando sentado no sofá usando apenas uma de minha botas e minha calça com o ziper aberto, praticamente jogado, a cabeça deitada com os cabelos deslizando por cima, na mão que contem os anéis ainda segurava o whisky, na boca o cigarro frio se mantinha e o óculos escuro protegia minha vista da luz cegante que vinha de fora, a campainha toca.


   Levantei ainda meio tonto arrumando os cabelos, a garrafa caiu no chão – foda, como vou limpar isso – ziguezagueando e ate mesmo arriscando minha vida ao tentar tirar a bota consegui  chegar ate a porta, era o carteiro. “assine aqui por favor” minha vista estava tão turva que minha única pergunta foi “você aceita uma digital?” ele parecia mais um desses certinhos que levam a vida a serio demais a ponto de fazer um calendário com as datas para fazer sexo “não” . Assinei,  só não sei em que parte da folha ou com que caligrafia árabe.

   Deitando-me novamente no sofá, abri a correspondência encontrando um cheque de direitos autorais com uma carta escrita " Merry Christmas motherfucker" , nesse momento ouvi um latido vindo da cozinha - mas que... - virando a cabeça para cima vi um pequeno cachorro cotó e aparerentemente com barba, latiu mais uma vez e ficou a lamber algumas garrafas de cerveja que estavam pelo chão - de onde ele veio? Dei um pedaço de pizza com katchup que ainda tinha na geladeira para ele e comi o outro enquanto decidia o que faria - quem sabe eu fique.

   Qual nome devo lhe dar, barbudo, pequeno, preto... Pizza, cervejas, katchup nos daremos bem ... “você não vai vir para a cama?” a geisha  disse...

Nenhum comentário:

Postar um comentário