Minha imagem nessa tarde de quinta ou sexta
feira, ainda não sei ao certo, era
acordando sentado no sofá usando apenas uma de minha botas e minha
calça com o ziper aberto, praticamente jogado, a cabeça deitada com os cabelos deslizando por
cima, na mão que contem os anéis ainda segurava o whisky, na boca o cigarro
frio se mantinha e o óculos escuro protegia minha vista da luz cegante que
vinha de fora, a campainha toca.
Levantei ainda meio tonto arrumando os
cabelos, a garrafa caiu no chão – foda, como vou limpar isso – ziguezagueando e
ate mesmo arriscando minha vida ao tentar tirar a bota consegui chegar ate a porta, era o carteiro. “assine
aqui por favor” minha vista estava tão turva que minha única pergunta foi “você
aceita uma digital?” ele parecia mais um desses certinhos que levam a vida a
serio demais a ponto de fazer um calendário com as datas para fazer sexo “não”
. Assinei, só não sei em que parte da
folha ou com que caligrafia árabe.
Deitando-me novamente no sofá, abri a
correspondência encontrando um cheque de direitos autorais com uma carta
escrita " Merry Christmas motherfucker" , nesse momento ouvi um
latido vindo da cozinha - mas que... - virando a cabeça para cima vi um pequeno
cachorro cotó e aparerentemente com barba, latiu mais uma vez e ficou a lamber
algumas garrafas de cerveja que estavam pelo chão - de onde ele veio? Dei um
pedaço de pizza com katchup que ainda tinha na geladeira para ele e comi o
outro enquanto decidia o que faria - quem sabe eu fique.
Qual nome devo lhe dar, barbudo, pequeno, preto...
Pizza, cervejas, katchup nos daremos bem ... “você não vai vir para a cama?” a geisha disse...
Nenhum comentário:
Postar um comentário