Sentei na poltrona, abri a garrafa de whisky e por alguns instantes
prestei atenção no som do derramar, era um dia nublado, quase não se via o sol,
mas eu sentia calor, olhei pela janela e pensei na maravilha que foi a criação
da mulher, uma poesia de sexo e ódio no qual os homens se embreagem ate o ponto
de acordar numa ressaca de incontáveis dias...
O que você gosta de
ouvir? Um chamado pelo seu nome, uma boca feminina molhada por tequila junto a
sua, um rosto macio e liso? Como qualquer um, você anda sempre naquele desejo
por incontáveis vaginas que passam a sua frente, ou se perder em apenas uma,
sentido o seu interior molhado e macio.
Quem consome quem?
Eu me jogaria na frente de um trem se fosse para proteger qualquer mulher, sou
apenas uma criança querendo brincar no playground do sexo por um longo tempo
procurando lugares novos para se divertir, a mão que escala as costas ate
chegar a nuca e os dois corpos quentes que se envolvem numa poesia antiga que a
muito foi cantada pelos anciões gregos no teatro da orgia.
"você não vem
pra cama?" ela disse, "um momento" eu respondi, ela vestia minha
camisa, e seu cheiro chegava ate mim, "esta tão frio" , acho que esta
na hora de ir...
O cheiro de sexo...O
cheiro de whisky velho...O sabor de Camille...
Nenhum comentário:
Postar um comentário