Acordei dentro de um carro conversível num frio e desconhecido lugar,
estava amanhecendo – eu acho - o sol ainda estava a se mostrar, a chama do
isqueiro era a única que aquecia a mim e a ponta do cigarro que acendia.
Achei meia garrafa
de um jack daniel’s no banco de trás do carro, tomei uma dose e encostei a
cabeça no banco, uma baforada saiu pela minha boca, tentava lembra o que havia
ocorrido naquele dia. Ao passar a mão no rosto meus olhos doeram – levei um
soco, porra logo no olho – olhei no espelho e estavam roxos como o final da
noite a oeste. O carro, depois ao olhar no porta luvas descobri que era
alugado, para minha felicidade – uma lembrança! - No para-brisas do carro havia
um lenço escrito com batom um numero e nome – Isabela – como que um flash na
minha mente eu começava a lembrar de fatos da noite.
Sai para jantar com
Camille em um bom restaurante, para minha felicidade ela estava linda em um
vestido que quase alcançava seus joelhos, assim eu podia ver suas pernas.
Depois de comermos fomos para a área do bar, lá ficamos a beber e conversar, em
certo momento percebi um mulher a me olhar no balcão, - não, não essa noite –
para meu azar ela veio ate mim no momento em que Camille foi ao banheiro, “
posso lhe oferecer companhia?” relutei em recusar, ela via que estava
acompanhado – mas como era gostosa, tinha um corpo e tanto, com cabelos
castanhos e um olhar sedutor, uma prostituta talvez - , “que pena, estarei ali
se você quiser ter um papo a mais – com um sorriso sínico ela continuou
"estarei lá” , no mesmo momento em que ela se levantou Camille
chegou a mesa, as duas se cumprimentaram, a noite com ela já teria terminado
“você não muda mesmo, é só eu virar as costas que você já arranja outra” ,
tentei explicar o que havia ocorrido, mas a filha da puta havia deixado um
bilhete – o mesmo que eu encontrara no para-brisas - . Ela se levantou e foi
embora, eu fiquei só - porra! - com um copo de whisky e meia taça de vinho a
minha frente ate Isabela sentar com sua champanha, “e então, podemos
conversar agora?” não tinha escolha a não ser aceitar o convite, dai por diante
minha mente já não me ajuda muito, ela tinha um ex-namorado, uma garrafa se
quebra no chão polido e um soco no olho, fomos jogados para fora do bar por um
segurança que mais parecia um gorila, - montanha, depois fizemos as pazes – a
briga havia terminado com o ex ao chão, mas a noite com isabela ainda estava
por vim, tomamos alguma bala, - acido, ecstasy ou qualquer merda dessas –
transamos num beco dentro do carro – lembro de estar tomando um gole da garrafa
enquanto ela gemia e cavalgava, uma boate nos fomos em algum lugar da cidade,
lembro das luzes e dela dançando a minha frente, transamos no banheiro.
Acho que nos
perdemos... Meu corpo dói assim como minha cabeça... Mas que sol filho da
puta...
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