segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

The final countdown


   O problema de um dia alegre é não saber onde se vai acordar no dia seguinte ou em que lugar irei desmaiar, hoje resolvi sair na minha harley ainda amassada e arranhada – a preguiça me consome – voltei a sonhar.


   Havia muito barulho – quase que num susto acordei, da porta da sacada era possível ver um emaranhado de nuvens com vários relâmpagos que iluminavam o quarto sem luz, só se escutava o som das ondas agitadas do mar e uma respiração logo a meu lado – um perfume familiar – Camille deitava ao meu lado. Levantei passando a mão no rosto e fui em direção ao parapeito sem roupa alguma para me esquentar, por um instante vi meu reflexo no vidro da porta – meu corpo ainda se mantinha em forma depois desses meses – ainda pegando um copo com whisky na mesa.

   As ondas agitavam aquela noite que para mim era a mais calma em meio a outras, ouvi passos se aproximando, uma voz rouca me falou “O que você faz nu nesse frio?” eu sentia seus mamilos duros ao frio encostarem nas minhas costas e seu corpo quente num abraço preguiçoso a meia noite “o que você faz aqui?” perguntei, “ você realmente não lembra, não é? Não posso salvar você toda vez que resolver ficar bêbado demais em um bar, sabia?” minha memoria sempre brincando com meus sentimentos, ao me virar vi seu corpo semi envolvido pelo lençol “nos transamos?” com seu sorriso ela me respondeu “claro que não, você mais parecia uma criança querendo uma cama e um vaso para vomitar. Agora volta pra cama, OK” , "Para onde você vai?" terminou com um beijo e um abraço forte "não sei...Eu estou aqui agora" .

   As mulheres acabam sendo sempre as mais sensatas, com um olhar de confiança, do tipo que daria tudo para ganhar o amor que tanto ouviram falar na infância, mesmo a decepção não as fazem perder o brilho nos olhos invejado pelas estrelas.

   Ela deitou sobre meu peito... Seus mamilos ainda me tocavam... “Como fazer para dormir de pau duro?”

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