Acordei com uma dor de cabeça
infernal, sentei na cama e peguei uma garrafa de whisky pela metade na
cabeceira tomando em seguida um analgésico, no travesseiro tinha uma mancha vermelha, fui ao
banheiro jogar uma água no rosto e ao olhar no espelho vi o sangue coagulado
que havia escorrido. A garrafa se partiu no chão...
Após pegar uma
cerveja e acender um cigarro de erva fiquei a olhar o mar encostado no parapeito da
sacada do meu quarto, era uma noite sombria e confusa, por varias vezes baixava
a cabeça e passava a mesma mão que segurava o fumo nos cabelos ainda molhados, minha
mente parecia ter apagado algo ruim. Caralho, minha moto!!! – ainda não tinha
percebido, mas lá de cima eu a vi próxima ao mar, corri para pega-la, as coisas
só pioravam ela estava arranhada e com alguns amassados no lado direito - Porra, o que eu andei fazendo? - De longe ouvi uma voz gritando meu nome, de súbito, lembrei
tudo!
“O que houve com
você, o que você fez?!” Ela me perguntava enquanto me abraçava e jogava minha
cerveja para longe, seu coração estava acelerado e a lagrima molhava minha
camisa. “Tá tudo bem” Respondi mesmo sabendo que ela não aceitaria esta simples
resposta, “quais as chances?” perguntei, “Como assim?” retrucou sem entender, “Quais
as chances de eu arranjar uma mulher perfeita como você e de alguma forma,
mesmo sem culpa ou sem querer acabar magoando”
Os séculos passam e
o carma não se queima... A garrafa ia e vinha com a onda fraca... Talvez eu não mereça perdão...
Nenhum comentário:
Postar um comentário