segunda-feira, 29 de outubro de 2012

The unforgiven

   Acordei com uma dor de cabeça infernal, sentei na cama e peguei uma garrafa de whisky pela metade na cabeceira tomando em seguida um analgésico, no travesseiro tinha uma mancha vermelha, fui ao banheiro jogar uma água no rosto e ao olhar no espelho vi o sangue coagulado que havia escorrido. A garrafa se partiu no chão...


   Após pegar uma cerveja e acender um cigarro de erva fiquei a olhar o mar encostado no parapeito da sacada do meu quarto, era uma noite sombria e confusa, por varias vezes baixava a cabeça e passava a mesma mão que segurava o fumo nos cabelos ainda molhados, minha mente parecia ter apagado algo ruim. Caralho, minha moto!!! – ainda não tinha percebido, mas lá de cima eu a vi próxima ao mar, corri para pega-la, as coisas só pioravam ela estava arranhada e com alguns amassados no lado direito - Porra, o que eu andei fazendo? - De longe ouvi uma voz gritando meu nome, de súbito, lembrei tudo!
   “O que houve com você, o que você fez?!” Ela me perguntava enquanto me abraçava e jogava minha cerveja para longe, seu coração estava acelerado e a lagrima molhava minha camisa. “Tá tudo bem” Respondi mesmo sabendo que ela não aceitaria esta simples resposta, “quais as chances?” perguntei, “Como assim?” retrucou sem entender, “Quais as chances de eu arranjar uma mulher perfeita como você e de alguma forma, mesmo sem culpa ou sem querer acabar magoando”
   Os séculos passam e o carma não se queima... A garrafa ia e vinha com a onda fraca... Talvez eu não mereça perdão...

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