Enchi pela metade o copo com um whisky vagabundo que
acabara de comprar no mercado, o dia era chuvoso e eu acordara as 17 horas de
um dia qualquer. Como de costume sentei na sala com meu violão e um caderno
velho que já vinha me acompanhando a alguns anos, pensei nas possibilidades e
nos sonhos - assim foram meus primeiros dias na nova banda.
Apos o show, olhei para trás totalmente chapado tomando um
gole da cerveja que agora já estava quente, nos cumprimentando fomos
apresentados, disseram que já haviam me visto na praia. Contaram que o
vocalista a pouco havia morrido e que precisavam de um novo para assumir, sua
intenção de agora era compor algumas musicas, largar os covers " você
parece ser bem maluco, meu camarada" empolgado ele me tocava os
ombros - nos conhecemos em uma época ótima, minha cabeça andava a mil por hora,
ideias atrás de ideias, viagens, whisky e drogas - "estamos indo a um
cabaret agora, vamos?" .
"Gostei da tatuagem" um deles comentou, tinha
feito uma tatuagem em tribal no braço inteiro semelhante a de um desenho
que eu havia visto, uma certa homenagem a minha mãe. Chegando ao local,
conversamos a madrugada inteira, contaram o que já haviam feito e o progresso
de tudo isso, tinham três musicas feitas mas que precisariam de um vocalista
pra levar adiante
Havia poucas horas que tinha conhecido os caras.
Acordei em meio a duas mulheres nuas no chão e em um apartamento que não
conhecia, sorri e levantei totalmente nu também a procura de algo para me
hidratar - felizmente ou infelizmente para meu fígado só encontrei cerveja -
dias depois começamos a levar alguns sons que a meus ouvidos soavam com
agressividade ao mesmo tempo que eu imaginava uma prostituta em um pole dance.
O whisky vagabundo me ajudou a fluir com algumas letras...
Compus uma musica nessa noite... Estou bêbado demais...
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