sábado, 20 de outubro de 2012

Free bird

   Enchi pela metade o copo com um whisky vagabundo que acabara de comprar no mercado, o dia era chuvoso e eu acordara as 17 horas de um dia qualquer. Como de costume sentei na sala com meu violão e um caderno velho que já vinha me acompanhando a alguns anos, pensei nas possibilidades e nos sonhos - assim foram meus primeiros dias na nova banda.




   Apos o show, olhei para trás totalmente chapado tomando um gole da cerveja que agora já estava quente, nos cumprimentando fomos apresentados, disseram que já haviam me visto na praia. Contaram que o vocalista a pouco havia morrido e que precisavam de um novo para assumir, sua intenção de agora era compor algumas musicas, largar os covers " você  parece ser bem maluco, meu camarada" empolgado ele me tocava os ombros - nos conhecemos em uma época ótima, minha cabeça andava a mil por hora, ideias atrás de ideias, viagens, whisky e drogas - "estamos indo a um cabaret agora, vamos?" .


   "Gostei da tatuagem" um deles comentou, tinha feito uma tatuagem em tribal no braço inteiro semelhante a  de um desenho que eu havia visto, uma certa homenagem a minha mãe. Chegando ao local, conversamos a madrugada inteira, contaram o que já haviam feito e o progresso de tudo isso, tinham três musicas feitas mas que precisariam de um vocalista pra levar adiante

   Havia poucas horas que tinha conhecido os caras.  Acordei em meio a duas mulheres nuas no chão e em um apartamento que não conhecia, sorri e levantei totalmente nu também a procura de algo para me hidratar - felizmente ou infelizmente para meu fígado só encontrei cerveja -  dias depois começamos a levar alguns sons que a meus ouvidos soavam com agressividade ao mesmo tempo que eu imaginava uma prostituta em um pole dance.


   O whisky vagabundo me ajudou a fluir com algumas letras... Compus uma musica nessa noite... Estou bêbado demais...

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